Poema violento - Poemas de Guineaux Arquimedes
Poema violento
Poema publicado el 02 de Febrero de 2001
Estou,
dou,
escrevo
e rasgo.
Releio,
vou, despejo
e vago.
Meu eu me ronda,
afronta e se espalha
feito fragmentos de palavra:
eu sou a espada no papel da carne,
que não consigo
ferir.
Eu rio, nervoso,
um riso vagabundo,
na dança das linhas me embriago:
estou desnudo.
Mutilo, o estilo,
em teu corpo branco sedento
linha em equilibrio, ato incestuoso,
que não consigo
atingir.
Se sou, não posso, se posso, não consigo:
ando cego
deste desamor.
Deixa eu rasgar tuas entranhas,
infinitas vezes até gritar teu nome!
Prá te odiar mais,
deixa eu tingir minha dor:
corrompendo teu profundo
em letras que descuidadamente
irão repousar corrosivas
no veu da tua clara
pele:
O rancor cresce, dilacerando o afeto,
a amargura explode,prostituindo a pureza:
terminou inglório, amor,
o tempo da delicadeza.
Resta agora somente um tormento,
parido no desgosto,
deste poema
violento.
Poema publicado el 02 de Febrero de 2001
Estou,
dou,
escrevo
e rasgo.
Releio,
vou, despejo
e vago.
Meu eu me ronda,
afronta e se espalha
feito fragmentos de palavra:
eu sou a espada no papel da carne,
que não consigo
ferir.
Eu rio, nervoso,
um riso vagabundo,
na dança das linhas me embriago:
estou desnudo.
Mutilo, o estilo,
em teu corpo branco sedento
linha em equilibrio, ato incestuoso,
que não consigo
atingir.
Se sou, não posso, se posso, não consigo:
ando cego
deste desamor.
Deixa eu rasgar tuas entranhas,
infinitas vezes até gritar teu nome!
Prá te odiar mais,
deixa eu tingir minha dor:
corrompendo teu profundo
em letras que descuidadamente
irão repousar corrosivas
no veu da tua clara
pele:
O rancor cresce, dilacerando o afeto,
a amargura explode,prostituindo a pureza:
terminou inglório, amor,
o tempo da delicadeza.
Resta agora somente um tormento,
parido no desgosto,
deste poema
violento.
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